Matéria publicada no Jornal de Jundiaí - encarte Especial - Dia da Mulher - Março/2008
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diadamulher.doc
'Meiga e submissa? Esta mulher já foi sonho de consumo de uma geração de homens, no tempo em que a expressão "sexo frágil" ainda não era pejorativa.'
Qual a visão masculina sobre este ser tão complexo, multifacetado, de raciocínio rápido, determinado e, não raro, com múltiplas qualidades, personalidades e alterações de humor?
A resposta está contida na própria pergunta e outra surge na sequencia: Que mulher está na mente masculina neste início de terceiro milênio?
Meiga e submissa? Esta mulher já foi sonho de consumo de uma geração de homens, no tempo em que a expressão "sexo frágil" ainda não era pejorativa e que manusear um eletrodoméstico representava status no universo gineceu.
Todavia, aqueles homens que já se distanciaram pelo menos alguns metros de nossos irmãos primatas, certamente estão buscando uma nova mulher, cujo parto deu-se em meio à revolução feminina, equivalência de direitos, computadores, internet, globalização e aquecimento global.
Aliás, alguém falou em revolução masculina?
De fato, as mulheres fizeram sua revolução, conquistaram o poder, o mercado de trabalho, até mesmo faculdades socialmente ousadas, como o direito à nudez e superação de outros tabus. Mulheres atuais podem ser líderes e fazer as pazes com seu "animus" interior. Devemos reconhecer, entretanto, que são óbvios certos exageros merecedores de críticas, ainda existentes entre as feministas radicais, natural em todo movimento (r) evolucionário. Não devemos usar tais exageros para menosprezar ou diminuir a importância e a cristalina legitimidade do fantástico movimento libertário do mundo feminino.
Resta-nos, enquanto sociedade, clamar pela revolução masculina, onde este ser cheio de músculos, viril, com força presencial notável, desbravador e cheio de ideias deverá compreender que pode manifestar sentimentos mais sutis (até porque os tem) sem perder sua tão prestimosa masculinidade. Sim, homens, podemos e devemos reconhecer nossa "anima" interior serenamente, para usufruirmos de prazeres como, por exemplo, cuidar de um filho ou filha com amor, carinho e dedicação, e continuarmos sendo homens! Esta é a nossa sonhada (r) evolução, pois se até alguns machos símios possuem tal qualidade, por que não nós, animais pensantes?
Teorias à parte, retornaremos ao foco principal, ou seja, o que o homem moderno espera desta nova mulher?
Não adianta negar, continuamos a desejar as delícias do sexo; porém queremos algo mais, queremos uma "dupla evolutiva" que opine com serenidade e inteligência sobre problemas mundiais, comungue de ideais ou que realmente nos auxilie nas tradicionais tarefas do "macho", como, por exemplo, prover o lar com recursos materiais. Com isso, não somente aperfeiçoaremos o tão desejado diálogo entre os sexos, como também otimizaremos o tempo para que os seres da testosterona possam assumir certas tarefas tidas como sendo da "fêmea" humana, aliás, quesito desejado pelas mulheres modernas.
Em suma, o homem menos "brucutu" e mais cerebral deseja uma mulher "mentalsomática", com raciocínio lógico e evolutivo, sem que para isto este indivíduo feminino perca sua característica mais encantadora e sedutora, a própria feminilidade!
O mais importante disto tudo é que, todos nós, homens e mulheres tenhamos noção que, em essência, não somos "macho" ou "fêmea", bonitos ou feios, altos ou baixos, gordos ou magros, "ginossoma" ou "androssoma", enfim não somos nosso corpo físico, tampouco nossas emoções ou nossos pensamentos, somos algo muito além de nossas ações ou formas masculinas ou femininas, SOMOS CONSCIÊNCIAS EM EVOLUÇÃO.
Wellington Martins Júnior é advogado e estudioso da Conscienciologia. É neto de Ida, filho de Ádua, casado com Carla há 17 anos e pai de Giulia de 11 anos.